Muito se fala sobre a doação de órgãos como uma possibilidade de salvar vidas, mas o processo de se tornar doador pode ser mais complexo do que as pessoas imaginam.
Nós, da Neo Assistência, buscamos veicular conteúdos com informações sobre procedimentos pré e pós-falecimento, e vamos esclarecer as principais dúvidas sobre doação de órgãos neste artigo. Acompanhe!
Doação de órgãos: saiba como salvar outras vidas
A Lei n.º 9.434, de fevereiro de 1997, traz todas as regulamentações acerca da doação de órgãos no Brasil, e há um ponto de extrema importância, ao qual muitas pessoas não se atentam: a doação só ocorre mediante autorização da família ou do cônjuge, ainda que a pessoa já tenha expressado sua vontade antes do falecimento.
Entenda como funciona a doação de órgãos e o que é preciso para salvar vidas.
Como funciona a doação de órgãos
A doação de órgãos diz respeito à remoção de um tecido ou órgão saudável de uma pessoa para aplicação em outra, conforme a necessidade do caso.
Há doações que acontecem com o doador vivo, outras, por um doador falecido. É claro que, no caso de a pessoa estar viva, a doação só pode envolver tecidos que não comprometam a integridade vital da pessoa.
Já no caso de doador falecido, as possibilidades de retirada de órgãos são maiores, porém, é indispensável a autorização da família. No mais, a morte encefálica do doador precisa ser confirmada, constatada pela equipe médica e pelos exames cabíveis.
Em todo caso, seja doador vivo ou falecido, é crucial que haja compatibilidade entre o doador e o paciente que receberá o órgão ou tecido.
Quais órgãos podem ser doados?
Coração
O coração pode ser doado se o doador ainda não tiver apresentado parada cardíaca (apenas morte cerebral).
Ademais, o órgão pode permanecer preservado por até 6 horas. Logicamente, não é uma doação possível para pessoas ainda em vida.
Córneas
As córneas podem ser preservadas em solução específica por até 7 dias. São tecidos que não podem ser doados em vida.
Fígado
O tempo de preservação desse órgão é de até 24 horas e só pode ser doado se o doador não tiver sofrido uma parada cardíaca (apenas morte encefálica). No mais, doadores vivos podem doar apenas uma parte do fígado.
Ossos
Se removidos até 6 horas após a morte, os ossos podem ficar preservados por até 5 horas. Também podem ser doados em vida.
Pâncreas
O pâncreas, assim como o fígado, deve ser removido enquanto não há parada cardíaca. No caso, pode ser preservado por até 24 horas, e não há possibilidade de doação em vida.
Pele
A pele pode ser preservada por até 2 anos e doada por pessoas ainda em vida. São retirados 1,5 milímetro de espessura das costas, da barriga ou das coxas.
Pulmões
Os pulmões devem ser retirados do doador após a morte encefálica e antes da parada cardíaca. Após a retirada, ficam preservados por, no máximo, 6 horas.
A doação de pulmões em vida acontece em casos excepcionais e permite a utilização de apenas um deles.
Rins
Podem ser retirados até 30 minutos após o paciente ter a parada cardíaca e ficam preservados por até 48 horas. No caso de doação em vida, apenas um rim pode ser doado.
Quem pode ser um doador de órgãos? Quais os pré-requisitos para doar?
Você pode ser doador de órgãos em três situações:
- Após o falecimento, com parada cardíaca, sendo possível doar tecidos como córneas, tendões e válvula cardíaca;
- Antes da parada cardíaca (após a morte encefálica), podendo doar coração, pâncreas, pulmões e fígado;
- Ainda vivo, com consentimento, podendo doar parte do fígado, do pulmão, um dos rins, além de medula.
Importante: no caso de doador morto, é preciso ter a morte comprovada, a autorização da família e não ter tido a saúde comprometida durante a vida.
Como faço para doar órgãos?
Quer salvar vidas? Para ser um doador de órgãos é preciso:
Conversar com a família
A Lei determina que a família deve autorizar a doação de órgãos. Por isso, é fundamental conversar com os familiares o quanto antes e avisar sobre a sua vontade.
Procure esclarecer mitos e conversar bastante sobre o assunto, principalmente se algum familiar se mostrar mais resistente.
Adicionar uma autorização na identidade
É possível solicitar uma segunda via do documento de identidade, adicionando o aviso de se tratar de um doador de órgãos.
Não é o único passo necessário, mas ajuda a comunicar os médicos e a família.
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